Quero que todos os dias do ano
Ouvindo-te dizer: Eu te amo,
creio, no momento, que sou amada.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
creio, no momento, que sou amada.
No momento anterior
e no seguinte,
como sabê-lo?
Quero que me repitas até a exaustão
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
que me amas que me amas que me amas.
Do contrário evapora-se a amação
pois ao não dizer: Eu te amo,
desmentes
apagas
teu amor por mim.
Exijo de ti o perene comunicado.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amada por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amada:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Não exijo senão isto,
isto sempre, isto cada vez mais.
Quero ser amada por e em tua palavra
nem sei de outra maneira a não ser esta
de reconhecer o dom amoroso,
a perfeita maneira de saber-se amada:
amor na raiz da palavra
e na sua emissão,
amor
saltando da língua nacional,
amor
feito som
vibração espacial.
No momento em que não me dizes:
Eu te amo,
inexoravelmente sei
que deixaste de amar-me,
que nunca me amastes antes.
Se não me disseres urgente repetido
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
Eu te amoamoamoamoamo,
verdade fulminante que acabas de desentranhar,
eu me precipito no caos,
essa coleção de objetos de não-amor.
Carlos Drummond de Andrade- adaptado
OLÁ, TUDO BEM CÁSSIA?
ResponderExcluirO QUE ABUNDA EVENTUALMENTE, ESCASSEIA.
Este é um título perigoso, pois a colocação da virgula é tão imprescindível como a vestimenta de um astronauta, nas suas viagens espaciais.
Mas, indo objetivamente ao assunto e sem maiores churumelas ou subterfúgios , sempre gostei muito de pássaros , mantenho as gaiolas absolutamente, limpas, comida farta e água renovada.
Antes, não suportava a idéia de admitir um pássaro em cativeiro, com todo o espaço do mundo à sua disposição, o céu azul infinito e ele ter que ficar trancafiado.
-Como minha senhora? A senhora se sente assim, no seu casamento?
Perdoe , mas contente-se ao lembrar que um astronauta dentro da cápsula espacial ...
SE VOCÊ CONSEGUIU GOSTAR (RS), LEIA INTEGRALMENTE NO MEU BLOG DE HUMOR:
"HUMOR EM TEXTO".
LÓGICO, VÁ SE QUISER, MAS VÁ (RS).
PELO AMOR DE DEUS!!!!!!!!!!!!(RS).
UM ABRAÇÃO CARIOCA.
Oi Paulo!
ResponderExcluirObrigado pela sua visita!
Dando prosseguimento aos seus comentários relevantes, acho que talvez a idéia passada na citação de Drummond não foi de um pássaro engaiolado, apriosionado, e sim, o que gosta de ser alimentado diariamente com o toque, o se sentir, de entrar em contato.. como diz a Clarice Lispector "ou toca, ou não toca".
O que importa é onde ele esteja, visto que, alguns pássaros o seu "habit" é na própria gaiola. É lá que ele se sente amado. É lá que ele foi criado.
Quanto a observação do astronauta não condiz muito com a minha teoria, visto que, sou "claustrofóbica" (rsrrs)
Um abraço baiano!
P.S. Agora vou correndo ver o seu blog de humor.
Cacá,
ResponderExcluirO autor do texto, como você são extremamente românticos e sensíveis. Eu e seus filhos que estamos ao seu lado diuturnamente, sabemos bem disso.
Se não estamos a falar, a toda hora, que te amamos, não quer dizer que não te amamos. Amamos sim, ao nosso modo e à nossa maneira de sentir.
Às vezes um olhar, um gesto fala ou vale mais que muitas palavras. Desse modo, fico, no meu canto, a pensar: Puxa, Cacá é assim e eu sou de outro jeito (os meninos também, pelo menos Guiga) . O que ela deve pensar da gente, né?
Desculpe-me por não me alongar no texto.
Eu sou só seu! E dos meninos também...
Beijos!
papi
Obrigado amore!
ResponderExcluirVou passar a gostar do seu jeito e dos meninos de "sentir".
Bjs