quinta-feira, 30 de setembro de 2010

SOU GOSTOSA E ASSUMO

Nem quando tinha 10 anos entrei numa calça jeans 38. Jamais deixei de ter pânico praiano no final da primavera. Mas, depois de muita terapia e chuchu refogado, decidi: sou muito mais gostosa do que essas esqueléticas posando de cabide maquiado em capa de revista de moda. Porque, na verdade, gostosura não é ter 1,77m e 50kg nem 300ml de silicone, lipoescultura ou botox até na pupila. Ser gostosa é decisão. Decida que seus culotes, apesar de não serem a coisa mais linda do mundo, são facilmente extermináveis. Pode fazer um tratamento estético e acabar  com eles.

Decidir dar um tapa na cabeça do meu marido  sempre que ele me chamar de “gorda”, "mocréia" “estado deplorável” ou qualquer coisa  em  que me cause ódio: Sou e permito ser  a única pessoa que pode xingar a mim mesma, é bom que fique claro. 
Burrice é dar valor exagerado ao que é, na essência, detalhe. Tragédia é a fome na África, Terromoto no Haiti e por ai vai, e não a falta de elastina no meu glúteo direito ou barriga grande!

Decidir chutar pra estratosfera padrões de beleza: os peitos da Gisele Bündchen são dela, não meus. A barriga sarada da dançarina de axé é dela, não minha. E, na real, se ser padrão fosse tão bacana, essa mulherada não viveria neurótica, estressada, com bulimia, anorexia, disfunção renal, cerebral, hemorroidal... No fim, todas nós sofremos de prisão de ventre.

Decidir que sou, e o que existe de melhor em mim, não se resume naqueles 2 ou 3 ou 10kg de banha que insistem em não sair do meu quadril. Quem acha o contrário deve ser posto de quarentena na sua vida. E se for você que pensa assim? De duas, uma: Freud ou Jung. Não, três: pode ser Gestalpo, também.

Alegria e auto-estima não vêm de brinde com a lipoaspiração. Lembre-se de que o embrulho do presente acaba indo pro lixo. Então, para facilitar minha existência, decidi que sou GOSTOSA. Compro roupas que valorizam o que tenho de bom (peitões, no caso) e não tento me vestir como um catálogo da Dior: o máximo que conseguiria seria parecer um espantalho fashion louco. Não me abalo mais com comentários testosteronentos e babões diante de corpos fenomenais: não dediquei a minha vida a ter um daqueles, por isso não posso querer ter um daqueles (simples, não?). Aprendi que o prazer que um jantar com vinho e risoto de camarão com gorgonzola me proporciona é infinitamente maior do que poder rebolar ferozmente a buzanfa no show de qualquer pagode por ai.

Hoje, sou gostosa pacas. Mas continuo odiando qualquer mulher que fica linda de morrer num biquíni. Eu decidi ser gostosa, mas não virei a Irmã Dulce. Ainda bem: decidi também que ser boazinha não combina comigo.






(Adaptado por mim do texto Ailin Aleixo - Revista Quem)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

RESGATE DA AUTO-ESTIMA


Auto-estima é uma sensação íntima. É muito mais do que um “carro novo” ou um “banho de loja”. Procure a auto-estima DENTRO de você.
Auto-estima implica em auto-conhecimento. Numa avaliação adequada de si mesmo.Conscientize-se de suas qualidades e de seus defeitos, de seus limites. Reveja suas crenças, valores, do que é importante em sua vida. Avalie o que pode e deve ser mudado. Vá atrás de seus objetivos !
Você tem pontos fracos? Não se lamente! FAÇA! a melhor forma de recuperar a auto-estima é fazer algo para superar o que a desagrada. É ter coragem de mudar e assumir a responsabilidade pelas mudanças.


Proponha-se metas realistas e viáveis. Conquiste-as passo a passo.

Faça o melhor que puder mas combata a crítica muito rigorosa acerca de si mesmo, o perfeccionismo. Errar faz parte do desenvolvimento, do aprendizado.Você tem defeitos que o incomodam ? Assuma-os e lute para mudar o que pode e deve ser mudado, mas não deixe de gostar de você por causa disso. Para alcançarmos nossos objetivos temos que aceitar a possibilidade de erro.

Veja o que o erro ou o insucesso pode lhe ensinar. Encare-os COMO OPORTUNIDADE PARA APRENDIZADO e não como prova de fracasso ou incompetência. Erro bem conduzido não é fracasso. Ao contrario , pode ser ponto de partida para o sucesso. Errou? Corrige! Caiu? Levanta!

Marco Antonio De Tommaso - psicólogo e psicoterapeuta

sábado, 25 de setembro de 2010

VOE !




Logo após a 2ª Guerra Mundial, um jovem piloto inglês 
 experimentava o seu frágil avião monomotor numa arrojada aventura ao redor do mundo. 
Pouco depois de levantar vôo de um dos pequenos e improvisados aeródromos da  Índia, ouviu um estranho ruído que vinha de trás do seu assento. 
Percebeu logo que havia um rato a bordo e que poderia,  roendo a cobertura de lona, destruir o seu frágil avião.  
Poderia voltar ao aeroporto para se livrar de seu incômodo, perigoso e inesperado passageiro. 
Lembrou-se, contudo, de que os ratos não resistem a grandes alturas. 
Voando cada vez mais alto, pouco a pouco cessaram os ruídos 
que quase colocaram em perigo a sua viagem.


MORAL DA HISTÓRIA:
Se o ameaçarem destruir por inveja, calúnia ou maledicência, 
VOE ALTO...





Se o criticarem,
VOE MAIS ALTO...




se fizerem injustiças a você,  
VOE  MAIS ALTO !!!


Lembre-se sempre de que os "ratos"
não resistem às grandes alturas




sexta-feira, 24 de setembro de 2010

APESAR DE TUDO...

Apesar de tudo, continuamos amando,
e este "apesar de tudo" cobre o infinito.
Esta frase do filósofo Cioran expressa a extensão
dos nossos obstáculos amorosos.
.
Apesar de termos acreditado na eternidade dos nossos sentimentos
e depois descobrirmos que nada mantém-se estável por muito tempo,
continuamos amando...
*
Apesar de termos sofrido noites inteiras por amores que não se concretizaram ou que foram vagos ou pueris,
continuamos amando...
*
Apesar de termos sido rejeitados, apesar de o nosso amor
não ter sido suficiente para encantar o outro e fazê-lo permanecer ao nosso lado,continuamos amando...
Apesar de todos os livros escritos, todas as sentenças filosóficas,
todas as análises terapêuticas e todos os exemplos de paixões falidas,
continuamos amando...
*
Apesar de não termos mais 15 anos e estarmos numa idade
em que os outros acreditam que o nosso coração envelheceu,
continuamos amando...
*
Apesar de a pessoa que a gente ama sentir por nós um amor de amigo,
um amor fraterno, um amor camarada que nada faz lembrar
o amor ardente que a gente deseja e sonha,
continuamos amando...
*
Apesar de a gente saber que o amor acaba,
que o amor talvez nem seja pelo outro,
mas apenas uma projeção do amor que a gente tem por nós mesmos,
continuamos amando...
*
Apesar da falta de grana, das desilusões com a política,
do cansaço no final do dia, dos projetos que não foram adiante,
do tempo que nos falta e do medo que nos sobra,
continuamos amando...
*
Apesar da chuva que não permite o passeio de mãos dadas,
do espaço compartilhado que não permite privacidade,
da desaprovação dos que nada têm a ver com o assunto,
continuamos amando...
*
Infinitamente,
apesar de tudo e todos e apesar de nós mesmos,
continuamos amando...

Martha Medeiros

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

ME CHAME DO QUE QUISER



Se parece ingênuo que eu acredite nas pessoas, que me chamem de tola.
Se parece impossível que eu queira ir onde ninguém conseguiu chegar, que me chamem de pretensiosa.
Se parece precipitado que eu me apaixone no primeiro momento, que me chamem de inconsequente.
Se parece imprudente que eu me arrisque num desafio, que me chamem de imatura.
Se parece inaceitável que eu mude de opinião, que me chamem de incoerente.
Se parece insano que eu continue sonhando, que me chamem de louca.
Só não me chamem de medrosa ou de injusta. porque eu vou à luta com muita garra e muita vontade de acertar.
E foi lutando que eu perdi o medo de ser ridícula, de ser enganada, de ser mal entendida.
Perdi, na verdade, o medo de ser feliz.
Não me incomoda se as pessoas me veem de forma equivocada.
O importante mesmo é como eu

me vejo...
Sem cobrança, sem culpa, sem arrependimento.
A gente perde muito tempo tentando agradar aos outros. tentando ser o que esperam de nós.
Eu sou o que sou e não peço desculpas por isso.
No meu caminho até aqui, posso não ter agradado a todo mundo, mas tomei muito cuidado para não pisar em ninguém.
Sendo assim, me chame do que quiser, eu não ligo...
Porque eu só atendo mesmo quando chamam pelo meu nome, que eu tenho o maior orgulho de carregar.
Texto: Lena Gino

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

FAÇA AS PAZES COM VOCÊ

Esse artigo é mais endereçado a mim mesma. 

Sei que você quer e precisa emagrecer. Emagrecimento é muito mais que mais uma dieta, exercícios e medicamentos, necessários, mas não suficientes. Emagrecimento apóia-se num tripé: nutrição, atividade física e equilíbrio psicológico. Eu resumiria o aspecto psicológico em duas palavras: auto-estima. Quem quer emagrecer habitualmente rejeita a si mesmo, a seu corpo e precisa redescobrir a auto-estima, tão desgastada pela própria situação..
Preconceito social, discriminação, bombardeio de imagens excessivamente magras divulgadas pela mídia, fazem com que a pessoa que está fora de peso não se sinta “incluída”. Mas, o maior preconceito é aquele voltado contra si mesma. A depreciação e a negação que faz de si mesmo.
Quando pensar em emagrecer pergunte-se como você se avalia? O que pensa e sente a seu respeito? Como se comporta consigo próprio? É uma “boa amiga” de si mesma? Ou na maioria das vezes se critica como pessoa, mas não analisa seu comportamento? Coloca sua vida, sua essência num número da balança ou numa medida de fita métrica? Pergunte-se ainda, se quer ser magra ou emagrecer? Você se ama ou se detesta? Separa o amor de si mesma do problema de peso? Sente-se merecedora de seus objetivos?
O passo mais importante é justamente aquele que falta na maioria das candidatas a emagrecimento: UMA SÓLIDA E SINCERA AMIZADE POR SI MESMA! Aceitar-se incondicionalmente, mas não passivamente. Mudar aquilo que está a seu alcance e conviver com o que não quer ou não pode mudar. Amar-se porque existe e não se tiver manequim 38. Pense no que é bom para você, não para os outros.
Ame-se mesmo estando gorda e não se rejeite! Invista em mudança de comportamento, de estilo de vida e não em auto-agressões. Seja disciplinada, mas não algoz de si mesma! Analise e não critique. Planeje, mas se angustie inutilmente.Use o erro como oportunidade de aprender algo. Viva o presente! O passado já foi e o máximo que você pode é aprender com ele. O futuro ainda não veio. O TEMPO É HOJE!!
Por isso, se você está brigada com você mesma, FAÇA AS PAZES!


Tommaso - psicologo e psicoterapeuta

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O AMOR NA VELHICE - Rubem Alves

Texto e foto do blogfilhadaluuz.blogspot.com/
O amor dos dois surgira no tempo em que ele é mais puro: a adolescência. Riam, passeavam pela praça, comiam pipoca, e faziam planos para quando se casassem.

Naquele tempo, antes dos progressos da ciência, grassava uma praga mortífera chamada tuberculose que atacava os pulmões. Para ela não havia remédio a não ser comida, repouso e ar puro. O resto era o próprio corpo que tinha de curar-se. Pois ela, a tuberculose, invejosa da felicidade dos dois jovens, alojou-se nos pulmões do moço. Ele teve de deixar a sua cidade e a sua namorada em busca de ar puro, no alto das montanhas, um sanatório, tal como Thomas Mann descreveu em seu livro A montanha mágica.
Quem ia para tais lugares de cura despedia-se com um “adeus” e um olhar de “nunca mais”. Na melhor das hipóteses muitos anos haveriam de passar.

E aconteceu com a jovem o que seus pais sugeriram: ela se casou. E ele também se casou. E por mais de 50 anos não se viram. Quando ele tinha 76 anos, ficou viúvo. Quando ela tinha 76 anos e ele 79, ela ficou viúva. E ficou sabendo que ele, o amor da sua juventude estava vivo. A curiosidade e a saudade foram fortes demais. Ela não resistiu. Foi à sua procura. Encontraram-se. E, de repente, eram de novo namorados adolescentes apaixonados. Resolveram casar-se. Os filhos protestaram. Os filhos, todos os filhos, não suportam a ideia de que os velhos também amem. Especialmente se forem seus os pais...

Mas os dois velhos, já no fim da vida, sabendo que o tempo de amor que lhes restava era curto, não deram ouvidos aos filhos: casaram-se e mudaram-se para uma cidade do interior.

Viveram um ano de amor intenso que provocou metamorfoses: ele se descobriu poeta, começou a escrever poesia. Além disso tirou seu violino de cima do guarda-roupas e passou a fazer parte de uma orquestra da cidade. Confessou a um sobrinho: “Se Deus me der dois anos de vida com esta mulher, minha vida terá valido a pena...”. Bem que Deus se esforçou. Mas o corpo já estava cansado. Morreu de amor. Eu achei essa história tão comovente que a transformei num texto.

Passaram-se semanas da sua publicação. Eram dez horas da noite. Eu trabalhava no meu escritório. O telefone tocou. Voz aveludada de mulher do outro lado.

- É o professor Rubem Alves?
- Sim, respondi.
- Quero agradecer a belíssima crônica que o senhor escreveu com o título “... e os velhos se apaixonarão de novo”. O senhor já deve ter adivinhado quem está falando...
- Não, não adivinhei, respondi. Aí ela se revelou:
- Sou a viúva.
Foi o início de uma deliciosa conversa em que ela contou detalhes que eu desconhecia. O medo que ela teve quando ele resolveu mandar consertar o violino! Ela temia que os seus dedos já estivessem duros demais...

Ah! Que metáfora fascinante para um psicanalista sensível. Sim, sim! Nem os violinos ficam velhos demais, nem os dedos ficam impotentes para produzir música! E aí foi contando, contando, revivendo, sorrindo, chorando – tanta alegria, tanta saudade, uma eternidade inteira num grão de areia... Ao terminar, ela fez esta confissão comovedora:

- Pois é, professor. Na idade da gente, a gente não mexe muito, as coisas de sexo. Nós vivíamos de ternura!

O que me fez lembrar a observação de Kundera sobre a necessidade “de salvar o amor da tolice da sexualidade”. A sexualidade pertence à ordem da Biologia, o que nos aproxima dos animais. Mas o amor pertence à ordem da poesia.

* Texto publicado na revista Ciência e Vida Psique. Ano V n 52-

sábado, 18 de setembro de 2010

DUAS BOLAS, POR FAVOR

Final de semana se aproximando, nada como um textinho "doce e saboroso" para adocicar o seu lazer.
Esse texto foi enviado pelo meu compadre Geraldinho, através email.  Gostei e resolvi postá-lo. VALEU! e VIVA AS BOLAS!!!

"Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.
Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.
O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.
A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.
A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').
Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta./
Tem vontade de ficar em casa vendo um dvd, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar./
E por aí vai.



Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...



Às vezes dá vontade de fazer tudo “errado”.
Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.
Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.
Recusar prazeres incompletos e meias porções.



Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.


Um dia a gente cria juízo.
Um dia...
Não tem que ser agora.
Por isso, garçom, por favor, me traga: cinco bolas de sorvete de chocolate...
Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.
Danuza Leão

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

FIZERAM A GENTE ACREDITAR... MAS NÃO NOS CONTARAM QUE...

Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. 

Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável. 

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. 

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. 

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. 

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. 
Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.
John Lennon 


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

ACEITAÇÃO (o inicio da transformação)

Adorei  essa  msn enviada por Gislane(Gil) .  Achei a época tão oportuna, em que os relacionamentos (em um contexto geral) estão tão estressados,  que vale a pena ler e tentar de uma certa forma, ou nem tanto assim, colocar em prática no nosso dia-a-dia.

"A primeira impressão que temos quando ouvimos ou pensamos em aceitar, seja uma pessoa, um fato ou uma circunstância é de que estaremos nos submetendo ou nos subjugando, desistindo de lutar, desistindo de mudar, sendo fracos.
De verdade se quisermos modificar qualquer aspecto da nossa vida, das nossas relações ou de nós mesmos devemos começar aceitando.
Na verdade a aceitação é detentora de um poder transformador que só quem já experimentou é que pode avaliar.
È realmente difícil aceitar perda material ou afetiva; uma situação de dificuldade financeira; uma doença; uma "humilhação"; uma "traição", etc.
Mas a aceitação é um ato de força interior, sabedoria, e humildade, já que existem inúmeras situações que não podemos mudar no momento em que acontecem.
E de maneira geral as pessoas são como são, dificilmente mudam, na verdade não podemos contar com isso, quem muda somos nós por escolha e vontade própria, portanto, se não houver aceitação, o que estaremos fazendo é insensato, é insano.
Ser resistente a isso, brigar, revoltar-se, negar, deprimir, desesperar, indignar-se, culpar,culpar-se, etc, são reações emocionais carregadas de raiva; raiva do outro, raiva de si mesmo, raiva da vida e a raiva destrói, desagrega. A aceitação é uma força que desconhecemos porque somos condicionados á lutar, a esbravejar, a brigar.
Aceitar não é desistir, nem tão pouco se resignar. Aceitar é estar lúcido do momento presente como é, e se assim a vida se apresenta, assim deve ser, já que tudo está coordenado pela Lei da ação e reação.
A consciência de que tudo é movimento, nada é permanente, faz com que a aceitação aconteça mais facilmente. A nossa tendência “natural” é resistir, não aceitar, combater tudo o que nos contraria e o que nos gera sofrimento. Dessa forma prolongamos a situação. Resistir só nos mantem presos dentro da situação desconfortável, muitas vezes perpetuando e tornando tudo mais complicado e pesado.
Quando não aceitamos nos tornamos amargos, revoltados,frustrados, insatisfeitos, cheios de rancor e tristeza, e esses padrões mentais/emocionais criam mais e mais dificuldades, nunca trazem solução.
Aceitar é expandir a consciência e encontrar respostas, soluções, alívio. Aceitar é o que nos leva à Fé.
È fundamental entender que aceitar não significa desistir; seguir adiante com otimismo, e ter muitos propósitos a serem atingidos é nossa atitude saudável diante da vida. Aceitar se refere ao momento presente, ao agora, no instante que você aceita, ou em outras palavras, você entrega, novas idéias surgem para prosseguir na direção desejada, saindo do sofrimento."

Ana Cristina Pereira (Terapeuta Transpessoal)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O SILÊNCIO DOS LOBOS

Pense em alguém poderoso.

Essa pessoa briga e grita como uma galinha ou olha em calmo silêncio, como um lobo?
Lobos não gritam. Eles têm uma aura de força e poder. Observam em silêncio.
Somente os poderosos, sejam lobos, homens ou mulheres, respondem a um ataque verbal com o silêncio.
Além disso, quem evita dizer tudo o que tem vontade, raramente se arrepende por magoar alguém com palavras ásperas e impensadas.
Exatamente por isso, o primeiro e mais óbvio sinal de poder sobre si mesmo é o silêncio em momentos críticos.
Se você está em silêncio, olhando para o problema, mostra que está pensando, sem tempo para debates fúteis.
Se for uma discussão que já deixou o terreno da razão, quem silencia e continua a trabalhar mostra que já venceu, mesmo quando o outro lado insiste em gritar a sua derrota.
Olhe... Sorria... Silencie... Vá em frente...
Lembre-se de que há momentos de falar e há momentos de silenciar. Escolha qual desses momentos é o correto, mesmo que tenha que se esforçar para isso.
Por alguma razão, provavelmente cultural, somos treinados para a (falsa) idéia de que somos obrigados a responder a todas as perguntas e reagir a todos os ataques. Não é verdade. Você responde somente ao que quer responder e reage somente ao que quer reagir. Você nem mesmo é obrigado a atender seu telefone pessoal.
Falar é uma escolha, não uma exigência, por mais que assim o pareça.
Você pode escolher o silêncio.
Além disso, você não terá que se arrepender por coisas ditas em momentos impensados, como defendeu Xenócrates, mais de trezentos anos antes de Cristo, ao afirmar: "ME ARREPENDO DE COISAS QUE DISSE, MAS JAMAIS DE MEU SILÊNCIO".
Responda com o silêncio, quando for necessário. Use sorrisos, não sorrisos sarcásticos, mas reais. Use o olhar, use um abraço ou use qualquer outra coisa para não ter que responder em alguns momentos.
Você verá que o silêncio pode ser a mais poderosa das respostas. E, no momento certo, a mais compreensiva e real delas."
Aldo Novak

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O PERFEITO CAMINHO DE DEUS

"Tem dias que trocaríamos facilmente por um outro, 
que preferiríamos talvez que não existissem.

Isso por que suportamos mal os ventos contrários. 

Mas Deus fez esse dia e os outros, 
os que passaram e os que virão ainda e chegamos onde chegamos
porque nas dificuldades encontramos forças para superar e continuar o caminho.

Não adianta querer passar por atalhos, evitar o que de inevitável nos espera, o que testa nossa paciência, resistência e mesmo amor.

Os caminhos que tivermos que atravessar, atravessaremos e devemos fazê-lo de cabeça erguida e olhos postos no horizonte.

Quando Deus nos criou, traçou nossos planos, idealizou nossa vida e projetou nossos sonhos.

A nossa liberdade de escolha, essa pela qual lutamos com tanto orgulho, nos leva a outros campos, outras paisagens, nem sempre as que nos são favoráveis. 

Mas o amor de Deus nos busca e às vezes de maneira que não esperamos.

As tempestades chegam, os barcos balançam, as folhas caem e não podemos impedir as lágrimas.

Todo amor tem atrás de si uma grande história e o amor de Deus tem atrás de si a história de todo o Universo.

Aceitar os caminhos e as voltas da vida com o coração aberto, ainda que ferido, é oferecer a Deus a oportunidade para trazer-nos para junto dEle.

Os caminhos de Deus são perfeitos. Os atalhos que escolhemos é que são sinuosos.
Mas se nos voltamos, temos a promessa de campos floridos, vida serena e lindos  amanheceres.

Quando a tempestade soprar com intensidade,
você precisa se manter firme,
porque ela não está tentando derruba-lo,
mas, na realidade,
está tentando ensina-lo a ser forte."
Letícia Thompson