sábado, 14 de agosto de 2010

SALMÃO POÉTICO

Para inovar, trago essa receita de um salmão bem poético. 
Peguei essa receita no blog de Edson Marques, um psicodramatista inquieto, a favor do amor livre, que sempre se afasta das pessoas perigosamente normais (grifo do próprio)



Preparar uma panela de vidro, delicadamente, forrando-a com rodelas de tomates vermelhos.

Deitar as postas de salmão, arrumando-as com cuidado.

Derramar o conteúdo de um vidro de molho de tomate à Pescatora (ou algo semelhante) por sobre o peixe. Acrescentar mais temperos e sal a seu gosto, pimentões verdes e vermelhos - e mais tomates e cebolas em fatias, desde que o salmão fique totalmente imerso neste molho escandaloso e colorido.

Se preciso, acrescentar um pouquinho de água quente.

Deixar em descanso por um tempo - de preferência ao som de Beethoven, Vangelis, Paganini ou qualquer um que te agrade.

Levar ao fogo brando. Não mexer. Deixar que ferva por cerca de quinze minutos.

Enquanto isso, preparar o arroz. Temperos e sal a seu gosto. Arrisque. Meia colher de açafrão em pó, se quiser. Mexer um pouco, com delicadeza e muito tato. Seguir as instruções de sua mãe, ou o feeling do mestre da cozinha. Fazer
arroz é muito fácil...

Enquanto o fogo do fogão faz a parte dele, leia uma poesia de amor. Ou escreva uma.

Depois de cozido, colocar o arroz numa travessa bonita e enfeitá-lo com ternura, com seu toque pessoal, inconfundível.

Servir o salmão na própria panela em que foi cozido. Usar colher de pau.

Abrir um vinho branco - com amor - suspirar fundo, agradecer aos deuses, encher o peito de alegria e preparar-se para o Ato. Se for noite, acender as velas no candelabro - ou uma só no castiçal.

Que você não tenha pressa alguma e que nem mesmo lembranças te perturbem.

Que a música seja leve e que o ambiente se transforme em catedral.

Então, comer delicadamente, como se estivesse rezando - e falando apenas com os olhos. E com, os  Teus Amores.

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