quarta-feira, 11 de agosto de 2010

MUDE

Esta poesia é dedicada a minha filhota e mim também
[...]

mas comece devagar,
porque a direção é mais importante
que a velocidade.
[....]
Procure andar descalça alguns dias.
Tire uma tarde inteira
para passear livremente no campo,
ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos.
[...]
Viva outros romances.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Ame a novidade.
Durma mais tarde.
Durma mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Corrija a postura.
[...]
Tente o novo todo dia.
o novo lado, o novo método,
o novo sabor, o novo jeito,
o novo prazer, o novo amor.
a nova vida.
Tente.
Busque novos amigos.
Tente novos amores.
Faça novas relações.
[...] 
Ame muito, cada vez mais,
de modos diferentes.

Mude.

Lembre-se de que a Vida é uma só.
[...]
Se você não encontrar razões para ser livre,
Invente-as.
Seja criativa.
Grite o mais alto que puder no espaço vazio.
Deixem pensar que voce esta louca.
Aproveite para fazer uma viagem despretensiosa,
longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas.
Troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você certamente conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento,
o dinamismo,
a energia.
A positividade que voce esta sentindo agora.
Só o que está morto não muda !
Repito por pura alegria de viver: a salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!!!!

Edson Marques

2 comentários:

  1. KK,


    Que bom que você gostou do meu poema Mude!
    Porém, ao contrário do que você diz, não é de Clarice Lispector.
    Assim como você, muita gente supõe erradamente que esse poema é de Clarice. Mas não é.
    No meu blog publico todas as "provas" de que sou o autor:
    1. Registro do poema Mude na Biblioteca Nacional em agosto de 2003.
    2. Livro Mude, editado pela Pandabooks, com prefácio de Antonio Abujamra.
    3. CD Filtro Solar, Pedro Bial, onde na faixa 4 o Mude foi publicado (contrato que fiz com a Sony Music)
    4. Há milhares de publicações com a citação de autoria correta, em meu nome.
    5. O chato é que o filho de Clarice Lispector VENDEU meu poema como se fosse da mamãe dele... rs! (Mas já ganhei estrondosa ação judicial por danos morais: veja www.desafiat.blogspot.com )

    Enfim, o que o escritor mais gosta é disso mesmo: ver sua obra reconhecida -- mesmo que com autoria "transferida" para Clarice Lispector...

    Abraços,

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